A chegada de Salif Keita, o lendário “voz de ouro de África”, encheu o Aeroporto Albano Machado de cor, música e emoção. Recebido pelo Vice-Governador para o Sector Político, Social e Económico, Angelino Elavoco, pelo Director-Geral do Centro Cultural Manuel Rui, Gregório Tchikola, pela cantora Edna Mateia e por representantes de várias classes sociais e artísticas, o artista maliano foi saudado com danças e músicas tradicionais dos grupos Katiavala do Bailundo e Agostinho Neto do Belém do Huambo. A comunidade maliana residente na província marcou presença, reforçando o espírito de fraternidade africana.
No discurso de boas-vindas, Angelino Elavoco sublinhou: “O Huambo está em festa por receber, pela primeira vez na sua história, uma figura emblemática da música africana. Salif Keita é uma personalidade de grande mérito a nível internacional e, portanto, é um prazer imenso recebe-lo aqui na nossa província.
Somos uma província com três milhões de habitantes, detentora do ponto mais alto de Angola, o Morro do Moco, e com um vasto legado cultural.
Hoje, contamos com o primeiro Centro Cultural do país, precisamente o espaço onde Salif Keita subirá ao palco. Do ponto de vista artístico, o Huambo tem dado passos firmes, pois aqui se revelaram ícones como Justino Handanga, Bessa Teixeira e Viñi Viñi. Esta tradição encontra continuidade em Edna Mateia, herdeira desse legado e símbolo do vigor cultural da província.”
O vice-governador acrescentou ainda: “O Huambo é historicamente reconhecido como uma terra hospitaleira. E, para que Salif Keita se sinta verdadeiramente em casa, a comunidade maliana residente mobilizou-se para o receber, tanto aqui no aeroporto como no Centro Cultural. Este encontro mostra a força da cultura africana que nos une.”
Visivelmente emocionado, Salif Keita agradeceu a hospitalidade e partilhou a sua surpresa com a recepção calorosa: “Estou muito feliz e impressionado. É a primeira vez que visito o Huambo e não esperava encontrar tanta musicalidade, tanta cor e tanta vibração. Esta cidade respira África. Estou aqui para representar a cultura maliana, mas sei que neste concerto vamos celebrar toda a cultura africana, porque somos homens de cultura e amamos a nossa identidade. É um prazer ver a comunidade maliana aqui presente, lado a lado com os irmãos angolanos. Esta união prova que o Huambo é uma cidade cosmopolita e que África se encontra na sua diversidade.”
No final, em uníssono, entoaram: “Viva a cultura africana! Viva a cultura africana! Viva a cultura africana!”